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A descida da Montanha Russa



Imagine a cena. Entro em um cinema 4d infantil de uma festinha de aniversario. As crianças escolhem o filminho “A fábrica de doces”. Filme levinho. Como será o 4d em uma fabrica de doces? O que isso tem a ver com a Psicologia?

Explico...

O filme começa e todos nós estamos sentados em poltronas que se movimentam e fazem os movimentos como se estivéssemos dentro da tela, realmente. Colocamos os óculos e todos estamos sentados no carrinho, em um trilho como se fosse montanha russa. Começamos a ter a sensação de subida e o carrinho vai subindo. Quando ele esta na metade da subida e sentindo a cadeira em que estava sentada se inclinar radicalmente para trás, começo a pensar na queda, afinal, tudo que sobe, desce, não é mesmo? Pelo menos foi isso que aprendi durante toda a minha vida. Uma crença mesmo.

Meu coração começa a bater mais rápido, não pela subida, e sim pela descida. Se a subida estava sendo daquele jeito, comecei a imaginar a descida. Me pus a me preparar para a queda. Procurei um lugar pra me apoiar, porque se descesse com tudo, iria praticamente cair da cadeira em que estava sentada. Já vivi essa experiência antes em outros momentos, então estava me preparando para o óbvio.

Pois que de repente, algo aconteceu. Veja, o carrinho subiu até o topo e começou a cair, mas foi algo tão leve porque quando chegou lá em cima, encontramos o portão para a fábrica de doces. O carrinho entrou e eu pensando “Cadê a descida?”

Alguma semelhança com a ansiedade pelo futuro? Melhor me precaver? Melhor adiantar a queda do que viver a subida?

Quantas vezes fazemos isso constantemente???

Quantas vezes vivemos na expectativa de algo que pode ou não acontecer no futuro. No caso do carrinho, não aconteceu e eu sofri por segundos à toa.

Foi divertido ver como meu corpo e mente reagiram nessa situação. Nas próximas espero aproveitar mais a subida que a expectativa da queda.

Gratidão!

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