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Ansiedade: quando é natural e quando se torna um problema?

  • Foto do escritor: Carolina Mirabeli
    Carolina Mirabeli
  • 4 de set.
  • 3 min de leitura

ansiedade, tratamento de ansiedade

Sentir ansiedade é algo comum a todos nós. Essa emoção tem um papel importante: prepara o corpo para reagir em momentos de alerta, aumenta o foco em situações relevantes e nos ajuda a prever riscos e desafios. Ou seja, a ansiedade faz parte da vida e, em certa medida, é até positiva e necessária.

O problema começa quando essa sensação aparece de forma exagerada, persistente e fora de contexto. Nesses casos, em vez de ajudar, ela gera sofrimento emocional, sintomas físicos desconfortáveis e pode prejudicar a rotina, os relacionamentos e a qualidade de vida. É aí que deixamos de falar em ansiedade “normal” e passamos a falar em transtornos de ansiedade.


Como identificar quando a ansiedade passou dos limites?


Se a preocupação é constante, intensa e difícil de controlar, a ponto de atrapalhar tarefas do dia a dia, é importante ligar o sinal de alerta.

Sintomas frequentes da ansiedade:

  • Físicos: palpitações, suor excessivo, tremores, tontura, falta de ar, boca seca, dores musculares, náuseas ou desconforto no estômago.

  • Cognitivos: pensamentos negativos, catastrofizações (“vai dar tudo errado”), dificuldade de concentração, memória prejudicada, sensação de mente confusa.

  • Comportamentais: evitar lugares ou pessoas, se isolar, procrastinar, ter dificuldade em tomar decisões ou se sentir paralisado.

  • Emocionais: medo constante, nervosismo, irritabilidade, cansaço, problemas de sono (insônia ou sono excessivo).

Esses sinais variam de pessoa para pessoa, mas, quando são frequentes e atrapalham a vida, é fundamental buscar ajuda profissional.


Estratégias que ajudam no dia a dia

Além do acompanhamento psicológico — e, em alguns casos, psiquiátrico — existem práticas simples e eficazes para reduzir a ansiedade:

  1. Respiração e relaxamento: técnicas como respiração diafragmática e relaxamento muscular ajudam a diminuir os sintomas físicos e trazem calma.

  2. Mindfulness: praticar atenção plena, por meio da meditação, yoga ou pequenas pausas conscientes ao longo do dia, ajuda a reduzir o impacto dos pensamentos ansiosos.

  3. Reestruturação cognitiva: a terapia pode te ensinar a identificar pensamentos distorcidos e substituí-los por percepções mais realistas.

  4. Atividade física regular: movimentar o corpo libera substâncias que melhoram o humor e reduzem a ansiedade. Vale caminhar, dançar, correr, malhar ou escolher qualquer prática prazerosa.


Tipos de transtornos de ansiedade


A ansiedade pode se manifestar de diferentes formas. Entre os principais quadros estão:

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

  • Transtorno de Pânico

  • Agorafobia

  • Ansiedade Social (Fobia Social)

  • Fobia Específica

  • Ansiedade de Separação

  • Mutismo Seletivo

  • Ataques de pânico associados a outros quadros clínicos

Apesar das diferenças, todos têm em comum a preocupação desproporcional e os prejuízos significativos na vida da pessoa.


Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)


O TAG é caracterizado por preocupações excessivas, constantes e difíceis de controlar sobre diferentes áreas da vida (trabalho, saúde, família, futuro). Muitas vezes, esses medos são exagerados ou sem fundamento.

Sintomas comuns do TAG incluem:

  • inquietação e tensão constante;

  • cansaço físico e mental;

  • dificuldade de concentração;

  • irritabilidade;

  • dores musculares e tensão;

  • problemas de sono.

Também podem surgir sintomas físicos intensos, como palpitações, dor no peito, falta de ar, náusea, tremores, calafrios ou até sensação de desmaio.


Causas da ansiedade


Não existe uma causa única. A ansiedade é resultado de múltiplos fatores, como:

  • predisposição genética (histórico familiar de transtornos mentais);

  • experiências de vida (traumas, perdas, estresse contínuo);

  • características de personalidade (perfeccionismo, necessidade de controle, evitação);

  • alterações neuroquímicas (desequilíbrio em neurotransmissores como serotonina e noradrenalina);

  • pressões sociais, escolares ou profissionais.


Tratamento é possível


A boa notícia é que existe tratamento eficaz. A terapia é uma das abordagens mais recomendadas, pois ajuda a:

  • entender os pensamentos que intensificam a ansiedade;

  • substituir ideias disfuncionais por outras mais equilibradas;

  • desenvolver estratégias de enfrentamento;

  • reduzir sintomas físicos e emocionais;

  • recuperar confiança e qualidade de vida.

Em alguns casos, o tratamento pode ser complementado com acompanhamento psiquiátrico e uso de medicação.


Quando buscar ajuda?


Se a ansiedade tem limitado suas escolhas, prejudicado sua rotina ou causado sofrimento constante, é hora de procurar apoio profissional.

Você não precisa carregar esse peso sozinho. Com acompanhamento adequado, é possível aprender a lidar melhor com a ansiedade e viver com mais equilíbrio e presença no momento presente.

 
 
 

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